O setor de material de construção é muito volátil e depende muito do crescimento econômico do país. Dados estatísticos indicam que o crescimento, ou encolhimento, do setor de materiais de construção é cerca de três vezes maior que o crescimento do PIB. Podemos observar isso nos dados da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (ABRAMAT):
Observa-se que em 2015 o PIB retraiu -3,8%, enquanto as vendas de material de construção das indústrias filiadas a ABRAMAT caiu 12,9% (diminuição 3,4 vezes maior). Claro que existem produtos que tem a demanda menos elástica que outros, tintas são utilizadas tanto em reformas como em construções novas, enquanto quase todo o cimento é utilizado em construções novas.
O investimento no setor de materiais de construção torna-se muito favorável quando o PIB nacional está prestes a iniciar um novo período de crescimento. Não sei se isso acontecerá ou não, muitos fatores influenciam o crescimento econômico, mas há enormes chances do Brasil, pelo menos, se recuperar da crise causada pelo desgoverno da escumalha petista.
Por causa da característica cíclica, acredito que pode ser lucrativo investir no setor nesse momento, porém deve-se usar diversificação e manejo de risco, porque este segmento é muito volátil. Minha crença é que este setor, no momento, é um investimento do tipo "ganhar aos baldes e perder de colher", porque os preços dos ativos do setor estão tão depreciados que qualquer recuperação econômica será suficiente para levantar os preços.
Conforme minhas últimas análises, chego à conclusão que a ordem de prioridade para investimentos nas empresas do segmento de materiais de construção e negociadas na Bovespa é:
1 - Eucatex
2 - Duratex
3 - Portobello
4 - Eternit
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