A passagem da Smiles (SMLS3) e da Multiplus (MPLU3), atual LATAM Pass na B3 conclui-se em um golpe dos controladores aos minoritários que acreditaram na promessa de elevados dividendos. A Smiles foi um caso clássico de IPO inflado para depois artificialmente diminuírem o lucro para fechar o capital por um preço menor, enquanto que na Multiplus foi feito um terrorismo com a possibilidade de não renovação do contrato com a LATAM para fechar o capital a um preço baixo. Neste artigo irei tecer minhas considerações sobre essas duas ações e como analisar empresas de forma a não cair nesse tipo sutil de golpe.
Eu mesmo já fui vítima desse golpe na Prumo Logística há dois anos atrás, fui expulso do investimento pelos controladores que aproveitaram para fechar o capital a um preço bem baixo em meio a várias notícias negativas e várias provisões para criar prejuízo artificial nos resultados. Hoje o porto já está em pleno funcionamento e há até uma termelétrica em construção, mais uma vez "misteriosamente" os resultados melhoram subitamente após o fechamento de capital.
Na Unipar a situação foi diferente, a OPA proposta pelo controlador a 7,50 reais não foi para a frente porque os minoritários não aceitaram o preço oferecido com base no laudo comprado do Santander. "Misteriosamente" os resultados melhoraram muito após a tentativa fracassada de fechamento de capital e o ativo chegou a quadruplicar de preço em poucos meses. Na Unipar eu concretizei a estratégia de ganhar aos baldes e perder de colher. (Meu Artigo de 2017 sobre esta OPA)
A Multiplus e Smiles foram casos bem peculiares, porque o maior cliente das duas empresas eram os próprios controladores, logo eles definiam qual seria a emissão de pontos e qual o coeficiente de troca de pontos por passagens aéreas. Quando apareceu a oportunidade de fechar o capital, bastou criar um terrorismo sobre a não renovação do contrato e mudança de coeficiente de emissão de passagens aéreas para conseguir fechar o capital em um preço baixo.
Sempre achei que essas empresas de pontos vendiam vento, mas mesmo assim elas eram extremamente recomendadas nas carteiras de dividendos dos "especialistas de mercado".
Esses casos peculiares corroboram com a minha teoria de identificar a perenidade do negócio de uma empresa antes de investir nela. Investir em empresas cujo principal cliente é o controlador, sendo que este controlador ainda pode determinar a política de preços da controlada nunca me passou confiança.
A Gol conseguiu fechar o capital da Smiles ao mesmo preço de 2015, quando o mercado estava no fundo. No final de 2018, ela começou a fazer o terrorismo de preços e não renovação do contrato para diminuir as cotações e conseguir fechar o capital da Smiles a preços módicos.
Para o lado do cliente das empresas de fidelidade, não dá para saber se mudará muita coisa, mas como escrevi no meu artigo anterior, as companhias de pontos estão ficando mais espertas para inibir o trade de pontos.
Vou atualizar meus controles de investimento para que o próximo post seja sobre a minha carteira atual.
Eu mesmo já fui vítima desse golpe na Prumo Logística há dois anos atrás, fui expulso do investimento pelos controladores que aproveitaram para fechar o capital a um preço bem baixo em meio a várias notícias negativas e várias provisões para criar prejuízo artificial nos resultados. Hoje o porto já está em pleno funcionamento e há até uma termelétrica em construção, mais uma vez "misteriosamente" os resultados melhoram subitamente após o fechamento de capital.
Na Unipar a situação foi diferente, a OPA proposta pelo controlador a 7,50 reais não foi para a frente porque os minoritários não aceitaram o preço oferecido com base no laudo comprado do Santander. "Misteriosamente" os resultados melhoraram muito após a tentativa fracassada de fechamento de capital e o ativo chegou a quadruplicar de preço em poucos meses. Na Unipar eu concretizei a estratégia de ganhar aos baldes e perder de colher. (Meu Artigo de 2017 sobre esta OPA)
A Multiplus e Smiles foram casos bem peculiares, porque o maior cliente das duas empresas eram os próprios controladores, logo eles definiam qual seria a emissão de pontos e qual o coeficiente de troca de pontos por passagens aéreas. Quando apareceu a oportunidade de fechar o capital, bastou criar um terrorismo sobre a não renovação do contrato e mudança de coeficiente de emissão de passagens aéreas para conseguir fechar o capital em um preço baixo.
Sempre achei que essas empresas de pontos vendiam vento, mas mesmo assim elas eram extremamente recomendadas nas carteiras de dividendos dos "especialistas de mercado".
Esses casos peculiares corroboram com a minha teoria de identificar a perenidade do negócio de uma empresa antes de investir nela. Investir em empresas cujo principal cliente é o controlador, sendo que este controlador ainda pode determinar a política de preços da controlada nunca me passou confiança.
A Gol conseguiu fechar o capital da Smiles ao mesmo preço de 2015, quando o mercado estava no fundo. No final de 2018, ela começou a fazer o terrorismo de preços e não renovação do contrato para diminuir as cotações e conseguir fechar o capital da Smiles a preços módicos.
Para o lado do cliente das empresas de fidelidade, não dá para saber se mudará muita coisa, mas como escrevi no meu artigo anterior, as companhias de pontos estão ficando mais espertas para inibir o trade de pontos.
Vou atualizar meus controles de investimento para que o próximo post seja sobre a minha carteira atual.
ALEA IACTA EST
Não à toa um dos critérios de seleção de empresas deve ser o free float de ações ON: busque o maior free float possível. Devemos evitar empresas que não têm muitas ON no mercado, pois estaremos sujeitos a sermos enganados pelos diretores e controladores .
ResponderExcluirOutra coisa é analisar quem é o controlador. Se for alguém envolvido em maracutaia, passe longe, nem compre. Não sei se é o caso dessas duas, mas é outro ponto fundamental para a análise.
Salve, Mago! Já consegui ganhos expressivos em ações que não tinham essas características, mas estavam blindadas por outros motivos. Cito a Unipar, por causa da participação do Barsi, do fundo Verde e de outros minoritários que impediram o fechamento de capital e a JBS por causa da participação do BNDES. Acho que tenho um faro para fazer investimentos de maracutaia controlada. huahuahua
ExcluirE também acho que esse tipo de negócio é vender vento.
ResponderExcluirÓtimo post!
ResponderExcluirO que vocês acham da TAESA que é controlada pela Cemig, cujo Governo é majoritário?
É uma empresa que vem apresentando resultados consistentes ao longo dos anos e até o momento não sinalizou nenhum comportamento duvidoso...
Obrigado, Colheita! Sou acionista da TAESA e não vejo problema ter a CEMIG como majoritária, nesse caso ela não tem como fazer política de preços igual nas companhias de milhas aéreas porque o mercado de transmissão e distribuição é regulado pela ANEEL. A administração da Taesa é privada e investiu bem o dinheiro da empresa nos últimos anos, não acho que a trajetória da empresa vá mudar caso a Cemig venda sua participação, o que é bem provável.
ExcluirAbraços!