ETERNIT - ETER3:
A Eternit reportou 92% das receitas dependentes do mineral crisotila e, até agora, todas as tentativas de diversificação falharam. Fui surpreendido pelo fracasso da Eternit em se diversificar, há alguns anos atrás achei que a empresa conseguiria bons resultados em outros setores, mas estava enganado. A Tégula que fabrica telhas de concreto gera resultados muito fracos, as louças, metais sanitários e caixas d'água têm pouca venda e a Joint Venture da CSC, que fabrica cerâmicas sanitárias, continua dando prejuízo mesmo após o ramp-up completo. A dívida continuou se elevando, apesar de ainda estar controlada, e o caixa está baixo.
As ações trabalhistas de ex-funcionários contra a Eternit ainda causam despesas nos resultados da empresa, minha percepção sobre essas ações mudou e agora acho que o desfecho na justiça é totalmente imprevisível.*
A empresa precisa melhorar muito para que seja possível começar a analisar a compra, acho altamente preocupante o fato de que todas as outras empresas do setor estejam tendo resultados muito melhores. A Eternit era a empresa mais redonda no setor e tornou-se a empresa mais problemática. Mesmo se a economia melhorar o resultado da Eternit corre o risco de não melhorar suficientemente se a empresa não corrigir os processos que estão dando errado.
A Eternit continua com péssima performance em todos seus segmentos de atuação e piorou desde os últimos trimestres. As vendas de crisotila in natura continuam deprimidas, pela concorrência com produtores russos e cazaques e pela
redução da demanda na Ásia, e os produtos prontos para construção civil
tiveram vendas menores ainda do que nos últimos trimestres. A companhia apresentou prejuízo de 29 milhões de reais no trimestre, incluindo o não recorrente da reestruturação da Tégula que gerou um prejuízo contábil de quase 16 milhões de reais no trimestre.
Muitos prejuízos nos últimos trimestres |
A Eternit reportou 92% das receitas dependentes do mineral crisotila e, até agora, todas as tentativas de diversificação falharam. Fui surpreendido pelo fracasso da Eternit em se diversificar, há alguns anos atrás achei que a empresa conseguiria bons resultados em outros setores, mas estava enganado. A Tégula que fabrica telhas de concreto gera resultados muito fracos, as louças, metais sanitários e caixas d'água têm pouca venda e a Joint Venture da CSC, que fabrica cerâmicas sanitárias, continua dando prejuízo mesmo após o ramp-up completo. A dívida continuou se elevando, apesar de ainda estar controlada, e o caixa está baixo.
Receita líquida em queda e diversificação apenas na teoria |
As ações trabalhistas de ex-funcionários contra a Eternit ainda causam despesas nos resultados da empresa, minha percepção sobre essas ações mudou e agora acho que o desfecho na justiça é totalmente imprevisível.*
A empresa precisa melhorar muito para que seja possível começar a analisar a compra, acho altamente preocupante o fato de que todas as outras empresas do setor estejam tendo resultados muito melhores. A Eternit era a empresa mais redonda no setor e tornou-se a empresa mais problemática. Mesmo se a economia melhorar o resultado da Eternit corre o risco de não melhorar suficientemente se a empresa não corrigir os processos que estão dando errado.
*O
amianto crisotila só é tóxico durante a mineração e fabricação das telhas, que são totalmente
seguras depois de fabricadas. Há muitos anos atrás a toxidade do
amianto era desconhecida e alguns ex-funcionários se intoxicaram e agora pedem indenizações.
A Eternit, ainda tem uma Divida/Patrimônio baixa em relação as outras empresas do mercado. Acredito que o problema esteja na Gestão da empresa. Basta sondar os Materiais de Construção e perguntar se tem algum produto Eternit além de telha e caixa d'gua. Grande parte não tem, e quando indagados sobre o motivo, a resposta quase sempre é a mesma! Concorrente mais barato.
ResponderExcluirDiante de um cenário como este, a solução é baixar as margens e vender muito mais. Aparentemente, os produtos são de qualidade, porém o preço mata.
Estou comprado, com PM de 1,65 mas acredito que no Longo prazo pode ainda valer a pena
Salve, Anon! Não pesquisei a fundo o motivo das vendas dos outros produtos serem tão baixas, bom saber que é por causa de preços altos, provavelmente o custo de produção unitário também está acima da concorrência.
ExcluirNão dá para saber se vai valer a pena ou não, o fato é que existem empresas no mesmo setor que estão desempenhando muito melhor.
Abraços!
Eu vendi minha posição no momento em que ela postergou o balanço. Não tive coragem de esperar para ver o tamanho da trolha.
ResponderExcluirEssa postergação do balanço foi uma indicação muito forte que chegaria trolha, nunca vi uma empresa com lucro recorde postergar balanço.
ExcluirAbraços!
E aí Grande!
ResponderExcluirSalve!
ExcluirGrande Marcelo,
ResponderExcluirParabéns por mais uma análise precisa!
A respeito da Eternit, o problema dela para mim tem nome e sobrenome.
O presidente novo, que assumiu no final de 2013, o tal Nelson Pazikas. Fazendo jus ao seu nome, foi só esse lixo assumir que a empresa foi ladeira abaixo! Isso não é mera coincidência, e sim péssima administração...
Tanto é que a receita não caiu um absurdo, porém, as âncoras CSC e Tégula acabaram com qualquer chance de haver lucro, não apenas no 4T16, mas nos últimos também. Levando tudo isso em conta, bem que o Barsi podia dar um chute no traseiro desse incompetente!
Falei algo parecido no fórum do Bastter, e ele excluiu meus posts. É complicado, rsrs.
Abraços!
Salve, Livr3! Não sabia da questão do presidente da Eternit, mas com uma análise bem superficial dos resultados passados percebe-se que a empresa naufragou desde que ele assumiu a presidência.
ExcluirO que mais me intriga é que a CSC e a Tégula deveriam ser motores e não âncoras! Como que a Eternit consegue ter prejuízo fabricando os mesmos tipos de produtos que são lucrativos para seus concorrentes?
Bastter é uma seita, quem pensa um pouco diferente do profeta é excluído. Também acho uma babaquice não poder CITAR qualquer fato político no site dele. Como se as empresas fossem imunes às canetadas dos políticos usurpadores.
Abraços!
Marcelo,
ExcluirPois é meu amigo, foi só esse infeliz zicado assumir a empresa, que começou a desandar tudo. Saudades eternas do grande, mas grande mesmo, Élio Martins...
Mais uma vez, o problema é a péssima administração. Veja que empresas como a Grendene, por exemplo, estão passando praticamente incólumes pela crise, enquanto a Eternit piora a cada resultado!
A questão nem é essa, eu simplesmente citei o Nelson Pazikas, aí ele excluiu a minha mensagem e enviou-me um recado dizendo que não pode citar nomes de terceiros.
Aí eu disse que o atual presidente é um lixo, e ele realmente é, o Bastter apagou minha mensagem de novo, e depois disse para mim que é "proibido" xingar dirigentes de empresas.
Dá para entender isso?
É coisa de louco!
Abraços.
Saudoso Élio Martins! Pena que morreu na casa dos 50 anos de idade, lembro que li algumas entrevistas dele enquanto ele ainda estava vivo.
ExcluirBastter é uma seita de culto ao líder máximo, parece que o fórum saiu da Coréia do Norte ou dos livros do Orwell. Até acho o conteúdo do site dele muito bom, mas me irrita a proibição de mínimas divergências de ideias e de outras censuras no site dele.
Abraços!
Capitalismus,
ResponderExcluirSua análise foi exatamente a mesma fiz quando li o release 2016.
Acredito ser o primeiro artigo que leio em seu blog, salvo engano. Gostei muito.
Passei a seguí-lo.
Abs!!
Saudações, Termos Reais! Vossa nobre presença em meu humilde blogue é uma honra. Também não conhecia seu blog, vou conferir os posts sobre as empresas americanas lá, vou precisar aumentar minha carteira offshore nos próximos meses.
ExcluirAbraços!
Caso alguem tenha memoria curta, eu relembro o Bastter dizendo: "VIVA O AMIANTO!"
ResponderExcluirDava para fazer uma compilação das contradições do Bastter. Aliás, só é permitido a ele mudar de opinião, quase tudo é censurado lá.
ExcluirAbraços!