Comentários: EDP Brasil 1T17

EDP Energias do Brasil - ENBR3:

A partir desse post mudarei o enfoque dos meus posts sobre resultados, passarei a escrever de uma forma mais "espontânea" e, por isso, o título será apenas "comentários".

A EDP Brasil é uma empresa marginal no setor de energia elétrica. Peter Lynch classificava como empresas marginais, as que conseguiam margens na média ou um pouco abaixo da média no setor. Essas empresas, segundo ele, podem até serem compradas caso a margem de segurança e o preço forem atrativos o suficiente, mas eu não acho que este seja o caso na ENBR3.

Obviamente, o grande pulo do gato no mercado bursátil é encontrar uma empresa de ponta negociada barata e com margem de segurança.

A ENBR3 atua em geração e distribuição de energia elétrica e está desenvolvendo projetos em transmissão, a maior receita da companhia vem do segmento de distribuição, que é justamente o mais instável. O resultado da empresa é bem difícil de ser analisado, porque ela opera em diferentes frentes de atuação e possui dívida líquida elevada, esse ponto também desfavorece a empresa, como já disse Warren Buffet, prefira empresas que apresentem resultados previsíveis.

A empresa lucrou 134M e a margem líquida foi de pouco mais de 7%, o que não é confortável, mesmo para uma empresa com foco em distribuição de energia. A Coelce, por exemplo, é uma distribuidora pura e conseguiu quase 10% de margem líquida no último resultado.

Por ser uma empresa marginal, acredito que a margem de segurança não é suficiente para que a compra de ENBR3 seja favorável (P/L 12,5), eu prefiro outras empresas do setor de energia elétrica, como a Engie, a Taesa e, até mesmo, a Coelce.

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