Saudações, caros capitalistas. Eu, Marcelo Barbarossa, retorno vitorioso da Cruzada dos Reis (na verdade foi uma penosa viagem a trabalho em que fiquei 2 semanas fora).
Tenho muitos colegas de trabalho que são a personificação do brasileiro convencional, gastam todo o salário com produtos supérfluos e ficam sem dinheiro no final do mês (não sejam como esses caras!). Esse tipo de pessoa é, geralmente, um grande consumidor das cervejas veneno-de-cobra (Ambev, Itaipava, Schincariol, etc.), gastam muito dinheiro em idas para bares e botecos onde conversam sobre assuntos superficiais e acabam pagando bem mais caro pela cerveja.
Eu evito participar desse tipo de confraternização, sou sempre o cara que bebe menos e sai no prejuízo na hora de pagar a conta, porque tenho que sustentar o vício em veneno-de-cobra dos meus colegas mais beberrões. Infelizmente, tenho que marcar presença nesse tipo de evento pelo menos uma vez a cada dois meses, para não me tornar o individualista aos olhos de outrem.
Alguns de meus colegas iniciaram um hobby part-time de fabricar cerveja artesanal, gastaram bastante dinheiro com a compra de equipamentos e insumos, mas o resultado foi bom, pelo menos bem melhor do que o veneno-de-cobra misturado com milho da Ambev. Claro, como se trata de um hobby ninguém ficou rico, pelo menos ainda, mas isso mostra a facilidade que é montar uma cervejaria artesanal e desafiar o monopólio das fabricantes de veneno-de-cobra.
De fato, as cervejarias artesanais arrancaram um pouco do mercado da Ambev, como já foi admitido pela própria empresa em algumas teleconferências anteriores. As artesanais custam um pouco mais caro, mas, em compensação, o consumidor bebe cerveja e não uma mistura de milho com arroz.
Comprei a cerveja acima há duas semanas atrás. Preço acessível para cerveja Weiss, boa qualidade e, claro, combina com a temática austríaca do blog. Brincadeiras à parte, é só um exemplo dos muitos pequenos fabricantes que se estabeleceram no Brasil nos últimos quatro anos e expandiram e dominaram um mercado em que, praticamente, só havia cervejas estrangeiras.
Retomando o assunto central do blog, no Brasil a única cervejaria de capital aberto é a Ambev, ela é uma excelente empresa no que tange à rentabilidade e é odiada pela grande maioria dos funcionários por causa das difíceis metas impostas. No momento eu não considero a Ambev como uma alternativa de compra, o preço por lucro está em 22,8, o que indica a necessidade de contínuo crescimento para que seja um investimento viável. Nos últimos anos o lucro ficou meio que estagnado e cresceu abaixo da inflação:
fonte: Guiainvest |
Pelo gráfico de lucro líquido acumulado dos últimos doze meses da Ambev dá para perceber que o lucro continua, basicamente, no mesmo patamar de 2014. O maior motivo para isso é a crise econômica, mas as cervejas artesanais conseguiram arranhar um pouco da Ambev.
Eu prefiro beber pouco e com qualidade, porém é claro que a grande maioria de brasileiros convencionais não possuem essa mesma propensão, portanto não estou, de jeito nenhum, alarmando o fim dos fabricantes de veneno de cobra.
A ambev vai e comprar essas microcervejarias.
ResponderExcluirSaudações, Anon. A Ambev pode até comprar algumas, mas é totalmente impossível ela manter um monópolio em um mercado tão pulverizado e com poucas barreiras de entrada.
ExcluirAbraços!
ela vai comprar as barreiras tbm kkkkk
ExcluirSó se for por desse jeito mesmo, pois os odiosos metacapitalistas sempre tentam mexer alguns pauzinhos no governo para aumentar a regulação do setor. Espero que isso não aconteça.
ExcluirPq este nome veneno de cobra? rs
ResponderExcluirEu mesmo criei esse apelido para classificar as cervejas debaixa qualidade que misturam milho ou arroz.
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